Mythbusters fala de LOST

Para quem tem o Discovery Channel, está habituado a ver Adam Savage, em Mythbusters, a deitar por terra, ou a provar, os mais diversos mitos que sempre povoaram a mente das pessoas. Adam Savage é um colaborador habitual da Popular Mechanics e faz uma breve análise ao episódio final desta época. “Sou um enorme fã de LOST, mas por vezes o meu horário impede-me de ver todos os episódios quando vão para o ar. Ontem, depois de uma maratona de seis horas de LOST (não tinha ideia do quanto estava para trás!), estava finalmente pronto para ver a season finale. E depois de a ver, tudo o que posso dizer é: Holy Crap! Começando pelo principio: os explosivos. Nós explodimos muitas coisas em MythBusters, por isso sei por experiência que no episódio LOST errou o alvo. As 500 libras de C4, a coisa de filmes de “gatilhos falsos” e fios de disparo falso – é tudo um bando de tretas. Ninguém faz isso. Pelo menos é o que os meus amigos do FBI me dizem. Iria querer armadilhar uma série de explosivos de modo a praticamente qualquer coisa provocasse a explosão? É como nos filmes tentar adivinhar e cortar um dos fios; Ninguém sobreviveria por muito tempo se usassem essa técnica, incluindo Keamy e a sua equipa. Todo o treino de um técnico de bombas é trabalhar em segurança com elas, não de modo perigoso. Existem muitas maneiras de estragar tudo. Também, tenho quase a certeza que o C4 não é condutivo, o que necessitaria de ter toda a ligação eléctrica montada como um laço de retroalimentação resistente que reconhece-se caso começássemos a retirar o detonadores. E se congelar a bateria resulta, porque não apenas desliga-la? Ah, pois, o laço de retroalimentação monitorizado. Mas espera, C4 não é condutivo… ah esquece. Embora a explosão parecesse certa em termos de tamanho, foi um bocado lenta – explosivos fortes acontecem a mais de 6 km/s. Ainda mais, qualquer explosão à qual sobreviverias acontece silenciosamente – vês antes de a ouvires. Mas filme e TV nunca fazem isso. Mais, C4 explode com um uma onde de choque muito mais forte do que algumas vez seriamos capaz de mostrar nos filmes. Acerca do que raio está a acontecer: Eu achava que os sobreviventes estavam no purgatório, em parte devido ao "The Man in Tallahassee" – a ideia do pai de Locke aparecer na ilha era muito bizarra. Mas depois da extravagância de viagem do tempo e espaço deste episódio, desisti dessa ideia, porque não conseguimos ter uma direcção na bússola para sair de lá – senão o Vaticano teria uma linha de cruzeiro para lá há séculos. Sabemos que a ilha tem umas propriedades “interessantes” no que diz respeito a tempo e espaço. Sabemos que pessoas mortas – olá, Christian Shepherd - podem aparecer de verdade na ilha. Então, e a alma? É parecido a tentar perceber a física de estar apaixonado. (Falando nisso, amei que Desmond e Penny finalmente se tenham encontrado!). Talvez os argumentistas apresentem a posição que a ilha existe num plano entre tanto espaço como tempo, e neste plano, nesta fissura (que causa estranhas anomalias temporais, e, ursos polares, etc.), também tem ligação directa à psique de pessoas mais sensitivas. Depois penso nos números, e no fumo negro, e no avião do irmão de Eko e penso, ‘espero que estes homens saibam o que estão a fazer…’ Os argumentistas, quero eu dizer. Porque se LOST termina apenas com mais questões, irei ficar furioso. Também descobrimos finalmente quem estava no caixão e deixou Jack naquele estado de desespero. Era Jeremy Bentham – nome de um filósofo do século XVIII que arranjou maneira de preservar a sua cabeça depois de ter morrido (ele conseguiu, juro – ora procurem no Google!). Este homem mistério visitou Walt, Jack e Kate antes de terminar na casa funerária e era na realidade John Locke, que claro recebeu o seu nome de outro famoso filósofo. A minha mulher – somos ambos fãs obcecados – pensa que pode haver alguma pista na mudança de Locke para Bentham… A minha hipótese é que a ‘mudança’ da ilha colocou Locke e Companhia na proximidade de – ou pelo menos na vizinhança – pessoal muito hostil, e que Locke teve de deixar a ilha para encorajar os outros a voltarem para a ela e colocar as coisas nos eixos. Também, apesar de termos algumas caras mais velhas que não nos são familiares na ilha, ainda poderá existir violência partidária entre os agora Outros liderados por Locke (quem são os Outros agora? Não envelhecem? Porque precisam de um líder?) e os três novos náufragos, mais Juliet e Sawyer (ele realmente fica sempre com a melhores mulheres, não fica, Jack?). Por isso, sim, eu adoro LOST.”