O Mundo "Perdido" de Michael Emerson

É difícil manter o rasto de todas as histórias de "Lost", mas isto os telespectadores sabem sobre Benjamim Linus: Como um jovem adulto, envenenou o pai com gás juntamente com o resto dos membros da Iniciativa Dharma, e como pai, provocou um mercenário a disparar um tiro na cabeça da filha. Cruel? Definitivamente. Mas um psicopata? Michael Emerson não acredita que assim seja. CLIQUEM PARA LER O RESTO DA ENTREVISTA "Penso em Ben como um homem cuja missão e responsabilidade são tão pesadas que ele não se pode permitir muita humanidade," diz Emerson sobre o papel que este ano lhe deu a segunda nomeação para o Emmy de actor secundário. "Ele é frio porque qualquer traço de calor torna-o vulnerável aos seus inimigos, que sabemos serem poderosos e temíveis. Ele é um contra um exército de monstros." Agora, Emerson já se habituou ao guião top-secreto, que chega no último minuto, o nunca saber o que vai acontecer a seguir. Ele não sabem quem são os "monstros", se é que existem alguns, ou sequer o destino da sua personagem quando LOST voltar para a sua quinta época. Carlton Cuse e DAmon Lindelof chamaram Emerson para representar um forte adversário dos sobreviventes depois de verem o seu trabalho premiado como um serial-killer em "The Pratice", e "ficaram com ele" depois da surpreendente revelação que era um dos "Outros" no meio da segunda época. "Foi quando disse, 'Tem leite?' depois da revelação. Ambos sabíamos que tínhamos que ficar com ele. Havia algo tão incrivelmente perturbador nos olhos deles," diz Lindeloff. "Nos costumávamos ser muito específicos nos nossos guiões mas agora só escrevemos para o Ben olhar para tal e tal com "aqueles olhos". "O Michael surpreende-nos sempre com o que nos presenteia. Ele faz escolhas interessantes que, como escritor, são muito inspiradoras," acrescenta Cuse. "Somos como crianças no Natal à espera de vez o que ele filmou durante o dia." Tem sido uma estrada longa para Emerson, um nativo de Toledo, Ohio, que estudou teatro no colégio mas passou uma década com ilustrador, carreira de família. Voltou a representar depois do trinta anos, trabalhando desde um teatro comunitário até chegar ao palco na Broadway, onde actuou em "The Iceman Cometh" e "Hedda Gabler. "Teatro é o meu primeiro amor. Para vos dizer a verdade, não sei como acabei na televisão. Representar Ben manteve as coisas interessantes." Ao contrário de alguns telespectadores que se afastaram entre a segunda e terceira época, Emerson nunca perdeu a fé nos argumentistas. "As pessoas queriam que o livro todo fosse como o primeiro capítulo. Mas o plano dos argumentistas é muito maior" diz ele, acrescentando que o anúncio do final de LOST em Maio de 2010 foi como "a cereja no topo do bolo." "Sentimos a mudança nesta época. A urgência, o ímpeto. As coisas ficaram mais negras, mais violentas, mais comprimidas. O alcance da história contada aqui não tem no momento comparação." E tornaria ganhar o Emmy muito mais doce. "Saberia bem," diz Emerson. "Seria a única coisa que ultrapassaria mover uma ilha inteira sozinho." Fonte: The Envelope - The Awards Insiders