Curiosidades Flashes Before Your Eyes
Tal como o episódio anterior, Flashes Before Your Eyes foi bastante rico em detalhes. Quando Desmond acorda no seu apartamento em Londres, surgem desde logo dois elementos já nossos conhecidos. Por um lado, um relógio que marca 1:08 (ou 108, a soma dos Números): E, por outro lado, um micro-ondas que produz um som idêntico ao do contador na escotilha. Já na a recepção das Indústrias Widmore, alguém vem entregar uma encomenda para a sala 815. Depois, no escritório de Charles Widmore, Desmond encontra uma pintura com um urso polar, um símbolo da religião budista invertido (que também podemos ver no vídeo da "lavagem cerebral" em Not in Portland) e a palavra "Namaste". Mas talvez mais interessante seja a disposição dos elementos no escritório: Inicialmente, Desmond tem à sua direita uma pequena mesa e à sua esquerda dois quadros. Depois, Desmond olha para a sua direita e vê a pintura já mencionada com o urso polar. No momento seguinte, Desmond continua a olhar para a sua direita, mas a pintura com o urso polar está à sua esquerda. Finalmente, tudo volta ao ponto inicial, com a mesa à direita de Desmond. Podemos pensar que se trata de um erro de produção, mas a verdade é que estas trocas constantes não deixam de ser muito estranhas. Na última imagem, vemos um quadro atrás de Desmond. Este quadro foi pintado por Thomas, o pai de Aaron: Quando Desmond sai do edifício da Widmore, encontramos Charlie a cantar "Wonderwall" dos Oasis. O cartaz indica-nos o nome completo de Charlie: Mais tarde, no bar, Desmond assiste a um jogo de futebol patrocinado por várias empresas interessantes (a Hanso Foundation, Mr. Clucks, onde trabalhou Hurley, Oceanic Airlines, Gannon Car Rentals, Apollo Candy e Kronos, o nome do Deus do Tempo): Também no bar, Desmond ouve a música "Make Your Own Kind of Music" de Cass Eliot, que várias vezes passou na escotilha. O final do episódio deixa-nos uma grande dúvida: o que terá realmente acontecido a Desmond durante a implosão da escotilha? Um sonho? Uma alucinação? Uma viagem no tempo? Muita discussão depois, ainda não foi possível chegar a qualquer conclusão. No entanto, parecem existir mais argumentos que favorecem a teoria do sonho. De facto, é complicado pensarmos que o passado de Desmond contém tantos elementos com correspondência na Ilha. Além disso, assumindo que as mudanças de cenário no escritório de Widmore são propositadas, esse seria mais um aspecto a favorecer esta teoria. Convém não esquecer que Desmond trabalhava em design de palco (daí os rearranjos do cenário) e as mudanças de posição, forma e conteúdo dos objectos são comuns nos sonhos. A favorecer esta teoria temos ainda o facto de Charlie não se lembrar de Desmond e a letra da música que Charlie canta ("maybe you're gonna be the one that saves me", "talvez sejas aquele que me vai salvar"). Deste modo, todas os elementos familiares (som do computador, música da escotilha) e o próprio Charlie terão sido introduzidos no sonho/alucinação pela mente de Desmond. Mas talvez não tenha sido apenas um sonho. Todos nós já ouvimos falar de experiências quase-morte. Diz-se que, durante estas experiências, o subconsciente foca em momentos chave da vida, nomeadamente aqueles marcados pelo arrependimento, tal como o término da relação com Penny. Mais, têm sido reportados casos de pessoas que regressaram das experiências quase-morte com habilidades psíquicas, o que explicaria a capacidade de precognição de Desmond. Curioso é também o paralelismo entre o que vimos neste episódio e a história de Dorothy, no "Feiticeiro de Oz". Durante um forte tornado, Dorothy desmaia e acorda em Oz. No final da história, Dorothy acorda no Kansas e descobre que tudo não passou de um sonho, um mundo de fantasia com as personagens e elementos existentes no seu ambiente. Além disso, no "Feiticeiro de Oz" existe a Bruxa do Oeste, que usa chinelos vermelhos e sobre qual desaba uma casa. Em "Flashes Before Your Eyes", temos um homem de ténis vermelhos sobre o qual desaba um edifício em construção. Por explicar está também a aparição de uma nova personagem, a mulher da joalharia, de seu nome Hawking. Esta personagem parece ter um conhecimento profundo sobre Desmond e sobre o futuro. Relativamente a esta personagem, surgiram duas teorias principais. Por um lado, Hawking pode ser a representação do subconsciente de Desmond, que lhe relembra o seu fracasso com Penny, a sua insegurança e os seus conflitos interiores. Por outro lado, o discurso de Hawking é muito semelhante ao de "Yemi" e de "Boone" nas visões de Eko e Locke, respectivamente. Este poderá ser um indicador de que a Ilha e o monstro de fumo tiveram um papel importante no flashback de Desmond. Deste modo, tal como Yemi e Boone, Hawking poderia ser uma manifestação do monstro de fumo. Esta teoria não é de todo descabida e vem ao encontro de outras teorias que tem sido propostas nos últimos meses. Diz-se que o monstro de fumo tem a capacidade de ler a mente humana e de induzir visões como a de Locke no aeroporto. Naturalmente, poderemos perguntar qual o objectivo do monstro de fumo ao assumir a forma de Hawking neste episódio. Tem sido indicado por muitos fãs que a Ilha, enquanto "entidade", tem o seu próprio plano para os losties e que as visões são uma forma de os guiar. Talvez a morte de Charlie faça parte do plano da Ilha. Contudo, agora que Desmond consegue prever o futuro, tem a capacidade de evitar a morte de Charlie e, quem sabe, contrariar outros intentos da Ilha. Assim, a conversa que Hawking tem com Desmond, sobre a inevitabilidade do destino e do fracasso da relação com Penny, poderá ser uma forma da Ilha evitar que Desmond interfira no seu plano. Veremos quem ganha esta "batalha". Etiquetas: Curiosidades |