Atitude de Michael

O final do episódio “Two for the road” foi designado por vários meios como “os cinco minutos que mudaram LOST”, a atitude de Michael foi chocante e isso foi reflectido no dia seguinte nos programas de televisão e no tráfego dos sites mais conhecidos, era praticamente impossível conseguir entrar nos fóruns. As perguntas que varriam a mente de todos eram “Porquê?”, “Que motivações?”, “Teria acontecido algo que justificasse aquilo?”. Talvez por isso o “Three Minutes” tenha sido um episódio tão esperado. Obteríamos nós a explicação tão desejada? Os fãs de Michael desejavam avidamente que a teoria de “lavagem de cérebro” fosse confirmada e como tal Michael fosse desculpado pela sua atitude. Não só ela não foi confirmada como Michael se revelou ainda mais culpado. Os Outros não mandaram matar Ana-Lucia como vingança por Goodwin como muitos queriam acreditar. Foi Michael que, aparentemente, tendo a oportunidade de libertar Henry decidiu que para tal, teria que matar Ana-Lucia. Atingir a Libby aconteceu por impulso, mas caso Michael tivesse tido tempo para pensar a decisão seria de certeza a mesma, afinal ela sabia que ele tinha atirado na Ana-Lucia. Descobrimos também que Michael prepara agora outra traição. Vai levar quatro dos amigos, Kate, Hurley, Jack e Sawyer (esta lista será discutida noutro post), para uma emboscada. Vai traí-los usando a confiança que sentem nele, o desejo de vingança pela morte de Ana e Libby assim como de tudo que tem passado e principalmente a vontade que todos têm de o ajudar a recuperar Walt. Michael está a confiar cegamente nos Outros, nos mesmos que lhe raptaram o filho, a confiar que irão cumprir a sua palavra. Porque não confia Michael nos amigos e lhes conta a verdade? Tem Michael o direito de agir desta maneira para recuperar o filho? O fim justifica os meios? Michael já está a ter dificuldades em lidar com a situação, se tudo correr como ele quer, como vive uma pessoa com a sua consciência depois de tudo isto?