Rachel e a Mitologia de LOST
Os recentes desenvolvimentos na Lost Experience aproximam cada vez mais o jogo à série. De facto, após a entrada em cena de Rachel Blake, alguns dos elementos mais complexos da mitologia do Lost podem agora começar a ser compreendidos. O "encontro" com Mittlewerk, o número dois da Hanso Foundation, permitiu a Rachel visualizar um conjunto de mapas de ilhas, sendo que uma delas será provavelmente a ilha do Lost. Rachel tem também acesso a uma conversa entre Mittlewerk e um indivíduo de nacionalidade coreana, onde tomamos conhecimento de que a Hanso Foundation encomendou um navio "especial" às indústrias Paik (do pai da Sun). Nas próximas semanas, deverão ser revelados novos detalhes sobre a natureza especial do navio, o que nos dará novas informações sobre a localização e forma de acesso à ilha do Lost. Posteriormente, os estranhos acontecimentos no Instituto Vik, um hospital psiquiátrico financiado pela Hanso Foundation, chamaram a atenção de Rachel e levaram-na a viajar até à cidade de Vik, na Islândia. Um dos principais objectivos de Rachel era o de se encontrar com o director do instituto, Armand Zander. Enquanto realizava um dos seus hacks ao site da Hanso Foundation, Persephone descobriu uma carta que Armand Zander enviou para Mittlewerk. Nesta carta, o director do Instituto Vik manifesta a sua indignação perante a aparente anarquia que reina na instituição. Entre outros aspectos, menciona o facto de terem sido realizados testes, sem o seu consentimento, a um conjunto de pacientes autistas, que sofrem da síndrome de Savant. Refere ainda a existência de uma "terceira cave", onde são albergados pacientes com uma doença desconhecida. Algum tempo depois, surge a notícia de um incêndio no Instituto Vik, o qual vitimou um matemático de renome. Segue-se uma transcrição da conversa entre Rachel e Armand Zander: "Rachel: Sorriam, estão na "câmara da mala". Estou prestes a me encontrar com Armand Zander, director do Instituto Vik, onde o tal matemático estava a visitar um dos doentes. Zander: Nós estamos, com toda a certeza, a tentar ser rígidos no que toca às horas das visitas, mas os erros acontecem. R: Eu sei que foi essa a história que você treinou, mas eu não pertenço à Times. Z: Quem é você? R: Apenas uma cidadã preocupada. Z: Não, você tem 3 segundos para se explicar antes de eu me ir embora. R: Eu li a sua carta. Z: Qual carta? R: A carta que escreveu para Mittlewerk, sobre os testes de memória forçados que foram realizados nos pacientes, sobre a terceira cave. Eles mentiram-lhe, eles mentem a toda a gente, eles não querem que o mundo saiba que Vigi Benoffski estava no seu instituto. Porquê? Z: Não posso falar consigo. R: Oiça, eu possa não pertencer à Times, mas, se sair agora, as pessoas que amanhã estarão a bater à sua porta serão da revista! Z: Eu não sabia no que me estava a meter quando aceitei este trabalho. R: E no que é que se está a meter? Z: Você... Você leu a minha carta. A terceira cave, menina Blake, não está cheia de doentes mentais! São matemáticos! Alguns dos melhores do mundo, pagos para trabalhar em segredo no instituto, se bem que eu penso que alguns deles não querem estar lá... Não sei... Trabalham noite e dia naquela equação. E depois há os "savants". R: O que têm? Z: São pacientes autistas com o síndrome de Savant, menina Blake, os seus poderes computacionais são insuperáveis! Eles mantêm-nos numa sala – é confortável, já me apercebi disso, afinal de contas sou um médico – e, durante todo o dia, fazem-nos executar aquela equação vezes sem conta... R: De que tipo de equação se trata? Z: Nunca vi nada assim. Há uns símbolos... Perguntei a um dos matemáticos, e ele disse-me que eram representativos. R: Representativos de quê? Z: Sempre pensei que se assemelhavam a... hieróglifos egípcios. São 5, talvez 6, e um deles é um abutre, outro é um cajado... R: Tem de me mostrar. Z: Eu respondi às suas perguntas, menina Blake, agora responda às minhas: Quem é você? Porque está a fazer isto? R: A resposta a isso é a razão pela qual não lhe posso dizer. Confie em mim, está mais seguro se não souber. Afaste-se deles enquanto puder. Z: É impossível afastar-me deles... Ainda não percebeu isso?" Neste momento, pensa-se que os hieróglifos mencionados por Zander são os hieróglifos que se observam na escotilha, quando o relógio chega a zero. A equação referida é provavelmente a equação Valenzetti, descrita por Gary Troup no seu livro "The Valenzetti Equation". Segundo consta, a Hanso Foundation terá adquirido todos os exemplares do livro e estará, actualmente, a tentar resolvê-la. Contudo, tendo a Hanso Foundation no seu poder o livro que explica a equação, porque necessitará de a resolver? A teoria mais recente refere que Alvar Hanso terá desaparecido com os detalhes da equação (possivelmente, o significado dos símbolos), o que levou Mittlewerk a uma tentativa desesperada de reproduzir a mesma. No entanto, a utilidade dos hieróglifos para a equação continua a ser um mistério. Possivelmente, os símbolos serão utilizados para representar partes da equação, com o objectivo de: 1) Compartimentar informação, 2) Impedir que uma pessoa conheça a totalidade da equação 3) Provar que a equação é verdadeira, através da prova que cada uma das partes que a constituem é verdadeira. Tal faria sentido tendo em conta a teoria dos padrões, em que se procura criar uma representação realística de um fenómeno real, através de blocos de dimensão inferior. Esta representação ou modelo pode depois ser utilizada para prever a ocorrência do fenómeno que representa. Entre a comunidade Lost, começa-se a criar a ideia de que a Hanso Foundation estará a tentar prever a ocorrência de algum acontecimento catastrófico, como "o fim do mundo". A noção de previsão parece também ser indicada pelo contador da escotilha o qual, após o relógio ter chegado a zero, terá efectuado uma previsão com base nos símbolos que conhece. No que toca à relação entre os números e a equação, ainda muito está por explicar. Temos 6 números para 5 símbolos, portanto não existirá uma equivalência entre ambos. A utilização de "savants" para os testes é menos surpreendente do que possa parecer inicialmente. De facto, os doentes autistas portadores da síndrome de Savant, são autênticos "super computadores humanos", e as suas impressionantes capacidades de processamento mental permanecem um mistério para a comunidade científica. Portanto, o que temos? A Hanso Foundation esconde, num dos seus hospitais, um conjunto de matemáticos e doentes autistas, os quais estão envolvidos no estudo de uma equação misteriosa. Onde é que a ilha do Lost encaixa nisto tudo? Bom, sabe-se que a ilha possui um conjunto de propriedades magnéticas únicas. Um dos aspectos mais interessantes sobre a síndrome de Savant é que é possível simular, numa pessoa "normal", as capacidades dos "savants" através de impulsos magnéticos. Será este um dos objectivos que levou a Hanso Foundation e a Dharma à ilha...? Texto por: L.O.S.T. Etiquetas: Lost Experience |