Live Together, Die Alone (Segunda Parte)

Charlie e Eko já estão em poder da dinamite e Eko leva-a para a escotilha com a intenção de explodir uma das portas de segurança. Charlie avisa Locke do que Eko está a fazer e pede-lhe que abre as portas. Locke olha para Desmond e este diz-lhe para ele não se preocupar, só uma bomba atómica destruiria aquelas portas. Mais um flashback e vemos que Kelvin treinou Desmond sobre as operações na escotilha, incluindo a tecla e maneiras de desencadear um lockdown. Desmond também testemunha Inman a pintar o mapa, que Locke viu nas portas de segurança, o qual tinha sido iniciado pelo seu antigo parceiro, Radzinski. Desmond pergunta o que lhe aconteceu e Kelvin mostra-lhe a mancha que ficou no tecto quando Radzinski se suicidou. Desmond começa a ficar desesperado por sair da escotilha mas Kelvin nunca permite. Na escotilha, Charlie tenta convencer Eko de que não é boa ideia explodir dinamite num espaço tão pequeno mas Eko não lhe dá ouvidos e acende o rastilho. Eko protege-se contra uma parede e Charlie foge em direcção da saída quando a dinamite explode gerando uma enorme bola de fogo. Noutro flashback, Desmond encontra Kelvin bêbedo numa área para rastejar secreta, balançando uma chave em cima de um mecanismo estabilizador em caso de mal funcionamento. Ele explica que eles têm que carregar a tecla para evitar que aconteça uma acumulação excessiva de magnetismo, sempre que ela é accionada o magnetismo é descarregado com segurança mas que se ele activasse aquele mecanismo tudo desaparecia. Mas Kelvin pergunta a Desmond “tu terias coragem de fazer tudo desaparecer?”. Na escotilha Desmond está preocupado porque não ouve nenhum barulho depois da explosão e quer abrir as portas para ver se Charlie e Eko estão bem, Locke não deixa afirmando que se trata de uma armadilha deles para entrarem na sala de computador. Desmond pergunta a Locke se “o motivo pelo qual estás a deixar o relógio ir até ao último tic é porque tu precisas de olhar para o cano de uma arma, para descobrires o que realmente acreditas?”. John responde que já olhou bem para o fundo do cano dessa arma e acreditou. Que acreditou que, de alguma forma, era o seu destino chegar a este lugar e que depois um miúdo que foi suficiente estúpido para acreditar que ele sabia do que falava, morreu. Que na noite em que Boone morreu por nada, ele estava sentado em cima da escotilha, a gritar para o céu, a perguntar o que deveria fazer e então uma luz acendeu-se, o que ele pensou tratar-se de um sinal, mas que na realidade devia apenas ser o Desmond a ir à casa de banho. Sun, Jin e Sayid chegam ao acampamento dos Outros e Sayid desembarca para ir explorar a zona. Ele entra no acampamento e encontra-o completamente vazio, as cabanas absolutamente despidas por dentro e sem qualquer sinal da presença de alguém. Ele repara na porta semelhante à da escotilha e vai até lá, Sayid abre-a preparado para enfrentar o que encontrasse no interior dela, mas do outro lado apenas há montanha, a escotilha não existe. Jack e o resto do grupo encontram um grupo de recipientes de plástico em frente de um tubo que surge do chão. Vemos que estes são os tubos que os membros da escotilha Pearl acreditavam estar a mandar para a sede da Dharma. Kate repara que os livros estão todos escritos à mão e que devem estar ali anos de anotações. No meio dos livros Sawyer encontra o mapa que Locke fez e que tinha mandado pelo tubo. Enquanto estão ali, Sawyer vê o sinal de fumo negro que indicava que Sayid tinha chegado ao acampamento mas este está a quilómetros de distância do local para onde eles se estão a dirigir. Jack grita com Michael e pergunta-lhe para onde é que ele os está a levar. Quando Michael começa a explicar que era única maneira, ouvem-se os sussurros da ilha, imediatamente Sawyer é atingindo por um dardo que o faz perder controlo do corpo e entrar em convulsão. Jack grita a todos para fugir mas Hurley fica paralisado. Enquanto foge Kate é atingida com o dardo no braço e cai, Jack dispara em direcção dos sussurros, carrega Kate nas costas e continua a fugir até que é atingido na perna e perde controlo dos movimentos. Quando está caído vemos desfocadamente um grupo de pessoas a aproximarem-se deles. Na escotilha Desmond pede a Locke detalhes sobre a escotilha que ele encontrou, a Pearl. Locke conta-lhe que acha que se tratava de uma estação de monitorização, de avaliação dos objectos, de uma experiência psicológica, os membros da Swan. Desmond acha que Locke percebeu ao contrário e que a experiência não era nos dois homens na escotilha em que se encontram, mas nos dois homens de lá. Pede para ver a cassete de orientação mas é impossível de visionar naquele local então Locke dá-lhe os papeis que imprimiu lá para ele ler. Noutro flashback, quando Kelvin se preparava para sair no seu fato HAZMAT, Desmond repara que ele está rasgado na perna. Ele então segue Desmond e vê que mal chega a superfície ele tira o fato e descobre que o ambiente é seguro. Desmond segue até a um vale estreito e descobre o seu barco em condições perfeitas. Kelvin tem estado a sair da escotilha todos os dias para o consertar, planeando escapar da ilha nele e deixar Desmond a carregar na tecla. Ele convida Desmond para ir com ele mas Desmond está preocupado com a tecla. Quando Kelvin diz que duvida da validade da tecla, Desmond fica enraivecido com a ideia de ter desperdiçado anos da vida dele e ataca Kelvin. Os dois lutam, e Desmond esmaga acidentalmente a cabeça dele contra uma pedra, matando-o. Desmond corre de volta para a escotilha onde o temporizador já passou do zero e o computador está registrar falha de sistema. Um campo magnético massivo começa a formar-se atraindo metais para a zona cimentada da escotilha. Desmond consegue finalmente inserir os números e parar o campo magnético. De volta a escotilha Desmond pergunta a Locke em que dia é que o avião se despenhou na ilha, 22 de Setembro de 2004. Nesse mesmo dia nos registros impressos na escotilha Pearl está registado que o computador da Swan registou “falha de sistema”. Desmond olha para Locke e diz “acho que fui eu que despenhei o teu avião”. Estamos agora num cais algures na ilha e, enquanto Jack, Sawyer, Hurley e Kate são levados com capuzes, amarrados e amordaçados, Michael caminha livremente ao lado dos Outros. Os prisioneiros são obrigados a ajoelhar-se e retiram-lhes os capuzes. Kate diz a Mr. Friendly que sabe que a sua barba é falsa mas ele não a entende, Ms. Klugh chama Mr. Friendly de Tom e repete o que Kate diz. Tom repreende Ms. Klugh, a quem chama de Bea, por ter revelado o seu nome e retira a barba. Ouvimos um barco a chegar e um dos ocupantes a sair e a dirigir-se para os prisioneiros. É “Henry”, ele surge perante os Outros como uma figura de autoridade e repreende Tom por ter tirado a barba. Depois dirigiu-se a Michael para tratar de negócios. Na escotilha Charlie acorda com o barulho da explosão ainda a ecoar nos ouvidos, vai ter com Eko e vê que ele ainda está inconsciente. Na sala do computador Desmond agora acredita que o facto de não ter carregado na tecla nesse dia resultou num campo magnético que puxou o voo 815 da Oceanic para a ilha. Ele insiste com Locke que tem de carregar na tecla, mas Locke reage com violência e destrói o computador. Desmond fica desesperado, termina o lockdown e vai até à outra sala buscar o seu livro “Our Mutual Friend”. Num último flashback vemos que Desmond caiu numa depressão profunda ao ponto de pensar em suicídio. Ele abre Our Mutual Friend e encontra lá uma carta de Penny que lhe diz para ele não desesperar, assim como a lembrá-lo que ela esperará sempre por ele e que o ama. Desmond desespera-se por estar ali preso sozinho e começa a destruir a escotilha, nesse momento ouve alguém aos gritos no topo da escotilha. Sem conhecimento de Desmond, trata-se de Locke a pedir ajuda à escotilha depois de Boone se ter ferido no Beechcraft. Quando Desmond liga a luz para ver quem é, Locke pensa que foi a resposta da ilha e acalma-se. Similarmente, Desmond, considera a voz como um sinal que não está sozinho e que ainda há esperança. Novamente na escotilha, Desmond abre o seu livro e retira de lá a chave do mecanismo de segurança. Ele conta a Locke sobre o dia em que quase se suicidou e como ele, sem saber, lhe salvou a vida naquele dia, Desmond diz que Locke lhe salvou a vida naquele dia para que ele podesse salvar a vida dele agora. Locke continua a afirmar que nada do que se passa ali é real. Enquanto o temporizador chega ao zero, Desmond diz-lhe que tem pena do que quer que o tenha feito deixar de acreditar, mas que tudo é real e agora ele tem de ir e acabar com tudo. Despede-se de Locke com "See you in another life, brother?" e rasteja até ao mecanismo. O último hieróglifo aparece no temporizador e uma voz anuncia “falha de sistema” repetidamente. O som de um mecanismo a iniciar surge e os objectos metálicos são atraídos para a parede de cimento. Enquanto a escotilha abana e começa a ser destruída Charlie ajuda Eko, que entretanto acordou, a levantar-se. Eko diz a Charlie para sair dali e vai atrás de Locke. Encontra-o paralisado na sala do computador sem saber como reagir ao que está a acontecer. Quando Locke vê Eko, apenas diz “Eu estava errado!”. Desmond está já junto ao mecanismo de segurança e enquanto se prepara para colocar a chave no mecanismo ele recorda a carta de Penny a dizer que o ama e que esperará sempre por ele. Ele diz alto que a ama e roda a chave. Um som ensurdecedor envolve a ilha assim como uma luz brilhante que cobre todo o céu. Todos os presentes na ilha agarram-se aos ouvidos e tentam proteger-se do que está a acontecer. Momentos depois o som desvanece e o céu volta ao normal. Na praia Bernard e Claire vêem algo a cair do céu e protegem-se. Quando se aproximam vemos que se trata da porta da escotilha que tinha sido explodida. Vemos Charlie a chegar à praia e Bernard pergunta-lhe se ele está bem e onde está Locke e Eko. Charlie fica preocupado por eles ainda não terem voltado mas não vai atrás deles. De volta ao cais, Henry conversa com Michael. Diz-lhe que não está muito contente com o acordo que foi feito com ele mas “ganhamos mais do que pedimos quando o Walt se juntou a nós, por isso…”, vão cumprir a palavra deles. Ele diz a Michael para pegar o barco em que chegou e seguir a bússola em 325, fazendo isso, ele e o filho encontrarão ajuda. “Como é que sabes que eu não vou dizer às pessoas onde estava?” pergunta Michael, Henry diz que não terá importância nenhuma se ele disser ou não, quando ele for embora nunca conseguirá voltar. E que de resto acredita que ele não vãi dizer nada a ninguém, porque se o fizer as pessoas saberão o que ele fez para ter o filho de volta. “Quem são vocês?” pergunta Michael, “Somos os bons.” Responde Henry. Michael entra para o barco onde Walt já está à espera e abandona a ilha, deixando os amigos para trás. No cais, Ms. Klugh aproxima-se de Hurley, levanta-o e corta-lhe as cordas que o amarram. “Volta. O teu trabalho é dizer ao teu pessoal que eles nunca poderão vir aqui.” diz-lhe Ms. Klugh. Hurley não quer ir e pergunta pelos amigos, “Eles irão para casa connosco” responde Henry. Jack dá a Hurley o sinal que ele deve ir, o que ele faz. Os Outros levantam Kate, Jack e Sawyer e enquanto Kate e Jack trocam um olhar que pode querer dizer muita coisa são-lhe colocados novamente os capuzes na cabeça. Já de noite e na praia, Claire pergunta a Charlie o que se passou e ele com habitualmente brinca com a situação. Claire mostra-se preocupada com os ferimentos dele, depois de olhar carinhosamente para Charlie, ela aproxima-se e eles beijam-se. A câmara começa a afastar para o final do episódio mas… Passamos para uma cena em que vemos, através de uma janela, neve a cair torrencialmente. Quando a câmara se afasta da janela vemos que nos encontramos num posto de pesquisa ou monitorização. Dois homens, agasalhados contra o frio, implicam um com o outro em português enquanto jogam xadrez. Um dos homens salta da cadeira nervosamente quando nota uma luz vermelha a piscar num dos computadores. O ecrã mostra 7418880 e uma caixa de texto que diz “anomalia electromagnética detectada”. “Nós não percebemos outra vez, não é? Nós perdemos outra vez.” grita um dos homens enquanto o outro procura desesperadamente alguma coisa na sua área de trabalho. Freneticamente, ele liga para alguém por um telefone amarelo. Algures no mundo, um telefone numa mesinha de cabeceira toca. À beira do telefone está uma foto de Desmond e Penélope igual à que Desmond tem. Penélope atende o telefone, e ouvimos a voz do outro lado do telefone a dizer em inglês, “Miss Widmore, acho que encontramos.” Antes de podermos ver a reacção de Penny, a cena corta para ecrã preto e a segunda época termina.