A Família Widmore
Ao longo da história de LOST o nome Widmore tem surgido pontualmente, umas vezes de forma bastante óbvia e outras apenas referido ou mostrado quase de forma casual. Mas até que ponto seria mesmo casual? Vimos o nome Widmore a aparecer num flashback de Charlie, neste Charlie gravava um anúncio de fraldas, no exterior do estúdio existia uma placa com a referência que aquele local de construção era uma obra da Widmore Constrution Inc. Já na ilha vimos este nome surgir pelo menos duas vezes: uma no balão do verdadeiro Henry Gale, atribuindo o patrocínio da viagem ou construção do balão à Widmore Corporation, e outra no teste de gravidez que Sawyer deu a Sun, da Widmore Labs. É portanto obvio que a Widmore tem alguma importância no mundo LOST. Acrescentando a estas aparições pontuais temos também o surgimento, no ultimo episodio da segunda época, de duas personagens com este apelido, Penélope e Charles Widmore. Apesar de poderem parecer apenas mais umas “simples” personagens de flashbacks, a ultima cena deste episódio revelou que se trataram de factores importantes para a história. Charles Widmore, pai de Penélope, é aparentemente um dos magnatas da Widmore Corporation. Um homem obcecado com as suas raízes e preconceituoso, tentou de todas as formas afastar Penny de Desmond. Assistimos no episódio a uma tentativa de subornar Desmond por parte de Charles e, como não sabemos a razão pela qual Desmond foi preso, não podemos descartar a hipótese de Charles ter estado envolvido de alguma forma. Charles é também o patrocinador da corrida à volta do mundo que acabou por levar Desmond até à ilha. Através da LOST Experience foi descoberto que a Widmore é uma das parceiras da Hanso Foundation e tornou-se uma possibilidade bastante palpável que tenha sido a Widmore Constrution a responsável pela construção de todas as instalações na ilha, principalmente as escotilhas. Tendo em conta esta possibilidade, Charles Widmore poderia ser uma das poucas pessoas referidas por Alvar Hanso a ter conhecimento da ilha e da sua localização exacta. Isto pode levar-nos ainda mais longe e a considerar que a corrida da Widmore foi uma armadilha de Charles para afastar Desmond definitivamente da filha. Penélope Widmore, Penny, é o amor de Desmond, uma mulher que mostra ter convicções fortes e que luta pelo que quer. Apesar de achar que Desmond não lhe escreveu durante o tempo que esteve na prisão e que não a procurou quando saiu, Penny vai atrás dele para o confrontar pessoalmente e lhe perguntar do que é que ele está a fugir. Desmond diz-lhe que está a correr para recuperar a sua honra e que a corrida da Widmore é onde ele a vai encontrar. Mais tarde, já na ilha, Desmond encontra uma carta de Penny onde esta lhe diz que esperará sempre por ele e lhe pede que ele nunca desista, pois “Tudo o que precisamos para sobreviver é uma pessoa que nos ame verdadeiramente, e tu tem-la”. No final do episódio “Live Together, Die Alone” vemos uma cena de importância crucial. Dois investigadores detectam uma anomalia electromagnética, provavelmente o sistema de segurança activado por Desmond, e tentam ligar a alguém a avisar. Do outro lado da linha de telefone, Penny ouve “Miss Widmore, acho que encontrámos!”. Isto remete-nos logo para uma frase que Penny disse a Desmond quando o confrontou “Tenho muito dinheiro, Desmond. Com dinheiro e determinação suficiente conseguimos encontrar qualquer pessoa!”. Estará Penny à procura de Desmond? Muito provavelmente sim, o que nos leva a perguntar como sabia ela o que procurar. A resposta pode até ser aparentemente simples e parece suportar a teoria que a corrida de Widmore era uma armadilha. Sendo o pai quem é e estando envolvido com a Hanso Foundation, Penny pode ter descoberto tudo o que o pai fez e também que o local onde Desmond está, a ilha, que apenas será visível quando ocorrem alterações electromagnéticas. Não podendo procurar visualmente a ilha, Penny montou uma estação de observação para monitorizar qualquer anomalia electromagnética que ocorresse, podendo depois tentar ir até essa localização. A anomalia foi detectada, seria a que ocorreu na ilha? Conseguirá Penny chegar até Desmond? Já vimos que algo faz abastecimentos periódicos às escotilhas na ilha, portanto, sabendo a localização exacta da ilha, deverá ser possível chegar até lá, mesmo que esta não esteja visível para o exterior. Bad Twin No universo LOST surgiu o livro “Bad Twin”. Escrito por Gary Troup, este livro gira à volta de uma família Widmore. Se esta se trata da mesma família a que pertencem Penélope e Charles, é até ao momento impossível de se dizer. Neste livro, no entanto, surgem muitas referências ao mundo LOST que nós conhecemos. O próprio Gary Troup era um dos passageiros do voo Oceanic 815, mais concretamente a pessoa que é sugada pela turbina do avião no primeiro episódio da série, e estava apaixonado por Cindy, hospedeira de voo e uma das sobreviventes da secção da cauda, entretanto desaparecida. O manuscrito foi encontrado por Hurley e posteriormente lido por Sawyer. A personagem central é um detective particular contratado por Clifford Widmore para encontrar o seu irmão gémeo, Alexander Widmore. Alexander, que é uma personagem com personalidade em tudo semelhante com a de Sawyer, partiu para Sidney, Austrália para, segundo ele, tentar um negocio com companheiros antigos e depois iria para uma ilha, que ele não identificou, para uma reunião. O livro também apresenta menções a personagens e instituições que são reais para o mundo LOST, entre elas, Alvar Hanso e a Hanso Foundation, Thomas Mittlewerk (LOST Experience), Paik Industries, Oceanic Airlines e até Mr. Cluck’s Chicken Shack (onde Hurley trabalhou). Um anúncio da Hanso Foundation, inserido na LOST Experience, dizia o seguinte “Don’t believe ‘Bad Twin’”, o que leva desde logo a questionar-nos até que ponto é que as referências efectuadas no livro são verdadeiras para o Universo LOST. Etiquetas: Curiosidades |