A Descarga Electromagnética
Em “Live Together, Die Alone”, Desmond encontra Kelvin embriagado, junto ao “sistema anti-falha” da escotilha Cisne. Este mecanismo é acessível através de um alçapão que se encontra no chão da escotilha. Kelvin refere que, ao accionar o sistema através de uma chave, “tudo desapareceria”, sendo esta a única alternativa à marcação do código a cada 108 minutos. Ainda segundo Kelvin, a marcação do código servia para efectuar descargas periódicas da energia electromagnética armazenada na escotilha, de modo a que a quantidade armazenada desta energia não se tornasse demasiado elevada. Quando descobre que Kelvin lhe mentiu relativamente à contaminação existente na Ilha, Desmond consegue apoderar-se da chave que activa o sistema anti-falha. No final do mesmo episódio, e perante uma escotilha Cisne à beira da destruição, Desmond toma uma decisão drástica e activa o sistema anti-falha. A activação do sistema provocou uma enorme descarga electromagnética, visível em vários pontos da Ilha: Não sabemos ao certo quais os efeitos que esta descarga provocou na Ilha. Charlie parece ter voltado um pouco “diferente” da escotilha e, por alguma razão que neste momento desconhecemos, não voltou ao Cisne para verificar o estado dos companheiros. Além disso, é de esperar que a descarga tenha tido outro tipo de consequências. Possivelmente, a escotilha Cisne foi criada com o propósito de armazenar e controlar a energia electromagnética da Ilha, de modo a que esta pudesse satisfazer os objectivos da Dharma Initiative e da Hanso Foundation. Ao rodar a chave, Desmond terá terminado de vez com qualquer experiência que estivesse a decorrer na Ilha envolvendo a energia electromagnética. Mas, qual seria a verdadeira função desempenhada por esta energia? E de que forma se relaciona essa função com a natureza especial da Ilha? Como resposta a estas perguntas, e baseando-se na informação revelada na Lost Experience, muitos fans trabalham agora naquela que é conhecida como a “Teoria do Fim do Mundo” ou “Teoria do Armagedão”. A Teoria do Fim do Mundo Alvar Hanso iniciou a sua actividade como fornecedor de armas durante a Segunda Guerra Mundial. Possivelmente, terá estado envolvido na criação da primeira bomba atómica. Ao ver a destruição e sofrimento causados pelo lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki, Alvar terá se arrependido de ter participado na criação de armas tão devastadoras, e decidido procurar uma forma de salvar a Humanidade. Ainda durante a Segunda Gerra Mundial, Alvar toma conhecimento da Experiência Filadélfia, onde, alegadamente, a força militar dos Estados Unidos terá conseguido tornar um navio de guerra invisível e indetectável, através da energia electromagnética (o chamado efeito de “cloaking”).
Alguns anos mais tarde, pouco depois da crise de mísseis cubana, as Nações Unidas pedem ao matemático italiano Enzo Valenzetti, uma das mentes mais brilhantes do seu tempo, que encontre uma equação capaz de prever a data exacta da extinção da Humanidade. Enzo baseia-se na concepção comum de que essa extinção irá ocorrer devido a uma gerra termonuclear à escala global. As Nações Unidas acabam por ignorar grande parte do trabalho de Valenzetti, servindo este apenas como uma forma de demonstrar que a organização se preocupava com o futuro. Contudo, Alvar Hanso toma conhecimento desta equação e, baseando-se nas conclusões de Valenzetti, cria um conjunto de projectos que deram origem à Hanso Foundation. Possuidor de uma enorme fortuna, Alvar contrata alguns dos melhores especialistas mundiais nas áreas de investigação mais importantes. Algum tempo depois, Alvar descobre, muito provavelmente através dos últimos registos do seu antepassado Magnus Hanso (que capitaniava o navio Black Rock), a forma de acesso à Ilha. Nesse local, Alvar descobre propriedades magnéticas fantásticas, bem como outras características especiais. Em 1970, dois alunos de doutoramento da Universidade de Michigan, Gerald e Karen DeGroot, idealizam um espaço de investigação científica e psicológica, onde pudessem levar a cabo experiências que permitissem melhorar a qualidade da vida humana. Alvar acaba por tomar conhecimento do trabalho dos DeGroots e decide financiar o projecto, criando o Departamento de Heurísticas e Investigação em Aplicações Materiais (Dharma). A Widmore Corporation é contratada pela Hanso Foundation para a construção das escotilhas, estações e postos de armazenamento na Ilha. Após algum tempo de pesquisa, os DeGroots descobrem três formas possíveis de utilizar a energia electromagnética da Ilha:
Aquele local torna-se assim a única esperança da Humanidade, e os seus habitantes os únicos sobreviventes após a data prevista pela equação Valenzetti. Os membros da Dharma Initiative procuram realizar também experiências em Zoologia e Metereologia, através da adaptação de espécies de animas a habitats diferentes do seu habitat natural (ex: ursos polares), e de experiências de controlo de fenómenos climáticos. Aos poucos, a Hanso e a Dharma vão preparando a Ilha para a guerra que destruiria a Humanidade, criando uma sociedade onde doenças, defeitos genéticos e o próprio sofrimento não existiam. Os membros desta sociedade seriam os escolhidos para sobreviver ao Armagedão, o que pode explicar a obsessão dos “Outros” com as “boas pessoas” e as crianças. Apesar dos esforços dos DeGroots e de Hanso, algo terá corrido mal e os membros da Dharma Initiative nunca terão regressado da Ilha. Durante anos, o sistema continuou a funcionar e a Ilha permaneceu invisível, praticamente inacessível e protegida. Ao activar o sistema anti-falha, Desmond acabou com a invisibilidade da Ilha (como indica a cena final com os brasileiros na estação de vigia), bem como com a protecção da mesma…. Etiquetas: Curiosidades |