As novas personagens - Charlotte Lewis
Charlotte Staples Lewis trabalha numa profissão de grande significado no mundo de LOST, tanto literalmente como metafóricamente. Como uma antropologista cultural, ela especializa-se em desenterrar os segredos do passado. Dos quatro membros da equipa, Charlotte parece ser a mais feliz em estar ali. A ilha pode servir como uma verdadeira mina de ouro para as suas curiosidades intelectuais. Já vimos artefactos da rica cultura histórica da ilha, como a estátua do pé encontrada por Sayid, Jin e Sun, e a observação de Locke “Nada fica enterrado por muito tempo na ilha” deve tornar-se ainda mais verdadeira graças a Charlotte. No seu flashback vemos que Charlotte estava claramente à procura do Urso Polar na Tunísia, ou seja, ela imaginava o que ia encontrar, isto levou logo a teorizar que ela poderia trabalhar ou ter trabalhado na Dharma ou Widmore ou ainda ser uma descendente dos membros da Dharma, o que faria da sua razão de felicidade o facto de estar na terra dos seus antepassados. No seio da sua equipa ela aparenta ser a que menos está por dentro da verdadeira missão do grupo. Ela pareceu genuinamente chocada que Locke e o seu grupo não quisessem ser resgatados e, também aparentemente, não reconheceu Ben, o motivo da presença deles na ilha, entre os membros do grupo. Pegamos agora no nome de Charlotte, Charlotte Staples Lewis, C. S. Lewis, autor de trilogias com a de Nárnia e a Espacial, e os ecos do segundo livro de Nárnia, o Príncipe Caspian. Lewis, um irlandês anglicano que se tornou ateísta e depois se converteu ao cristianismo, abre o seu segundo livro com as crianças a regressarem a Nárnia via uma ilha misteriosa, e assim que regressam, elas brincam na água. Também, o tempo passa de maneira diferente em Nárnia, assim como muita gente pensa que acontece na ilha. Charlotte é também a Rapariga invisível dos Freighter Four, membro do quarteto fantástico que podia criar escudos invisíveis – de notar o escudo invisível que ela usou debaixo do casaco, não revelado até Ben a ter alvejado no peito. Mas uma das cenas mais intrigantes de Charlotte terá de ter sido o seu flashback na Tunísia com o esqueleto do urso polar – oopart. O que é um oopart? Do inglês out-of-place artifact, é literalmente um artefacto fora do lugar. Em resumo, ooparts são objectos encontrados em camadas de sedimento ou outras escavações arqueológicas que simplesmente não deveriam estar lá porque são muito avançados para aquela era. A Bateria de Bagdad é um oopart famoso, uma bateria com pelo menos 1500 anos feita duma urna de barro com um cilindro de cobre e uma vara de ferro suspensa muito provavelmente numa solução cítrica. O artefacto Coso foi encontrado numa massa de barro duro por pesquisadores de rocha californianos em 1961. Dentro da massa estava o que parecia ser uma velha vela de ignição do anos 1920, mas para estar naquela camada da rocha, ela teria de ter estado ali há por uns 500,000 anos (existem pegadas fosseis ao lado da vela que se estendem até aquela era). O artefacto não é visto desde 1969. Um oopart favorito é o mapa de Piris Reis, um mapa antigo montado por fontes ainda mais antigas por um almirante turco no século dezasseis. O mapa mostra a costa da Antárctica, sem gelo. Em 1949, uma equipa Britânica-Sueca fez exames de profundidade sísmicos da Terra Queen Maud da Antárctica, e descobriu que debaixo de todo aquele gelo glacial, a terra correspondia rigorosamente ao mapa. No entanto, a Antárctica não foi descoberta até 1820, e a última vez que a Terra de Queen Maude terá estado livre de gelo foi acerca de 6,000 anos. Além do mais, a maneira como o mapa descreve a terra sugere que mapas Piri Reis mais velhos usaram projecções polares razoavelmente precisas, o que significa que o cartografo sabia que a terra era redonda e tinha o adaptado dentro da escala de 50 milhas da sua circunferência. Não precisamos acreditar em tudo isto para ver que tem alguma relevância para LOST; encontrar uma coleira da Hydra num esqueleto de um urso polar escavado no deserto da Tunísia preenche todos os requisitos de um oopart. E também levanta outra possibilidade: Se a ilha está de alguma forma desprendida do tempo, como Desmond e de uma certa forma a cabana de Jacob, talvez o urso não tenha sido transportado para lá, mas sempre esteve lá. Ainda com o oopart podemos teorizar que o urso simplesmente apareceu lá. Se nos recordamos do vídeo da estação Orquídea, um segundo coelho apareceu nas prateleiras superiores do laboratório sem que ninguém o lá colocasse e onde segundos antes não estava nada. O urso polar poderia ter sofrido o mesmo destino mas desta vez a longa distância. Também digno de ser mencionado é o dia de aniversário de Charlotte, o dia 2 de Julho. Neste dia em 1937 Amelia Earhart e o seu navegador Fred Noonan desaparecem algures por cima do Oceano Pacifico. Para os que jogaram o Find815, é conhecido que Amelia Earhart foi mencionada, e que Sam oviu uma transmissão sobre ela enquanto estava no Christiane I. Muitos acreditam que Amelia poderá estar ou ter estado na ilha (para saber mais sobre este assunto veja este post). Etiquetas: Curiosidades |